É de conhecimento de todos que cada vez mais empresas buscam melhorar a sua gestão através da constituição de Conselhos de Administração. Os benefícios são muitos e ano após ano o número de profissionais aumenta no Brasil. Em outros textos já expus a importância da contratação de conselheiros com experiência profissional e acadêmica consolidada e relevante para fortalecer a empresa. Agora, destaco outro ponto, que é o alinhamento com a cultura corporativa.
Cada empresa possui suas crenças e valores, que somados a sua estratégia e ao seu plano de ação, compõe a essência do negócio. O risco da contratação de conselheiros (em tempo: esse raciocínio vale para cargos executivos também) que não compartilhem da cultura corporativa da empresa (crenças e valores) é formar uma equipe técnica, metódica e capaz, mas sem coração, sem vontade de entregar a contribuição necessária. Sempre me lembro daquele famoso time de futebol, que para comemorar o seu centenário, contratou os melhores jogadores do Brasil, mas que não compartilhavam a cultura corporativa do time. Ao final, a equipe não ganhou sequer o campeonato estadual!
Minha experiência no Conselho de Administração do Vita Ortopedia e Fisioterapia consolidou essa visão de que é necessário que os conselheiros compartilhem dos valores da empresa. O Vita foi fundado há mais de vinte anos, por recém-formados em Medicina, todos esportistas, com a proposta de oferecer serviços premium da mais alta qualidade em sua área de atuação. Sendo amigo e companheiro (além de fã) de competições de judô de um dos fundadores, o doutor Wagner Castropil, sempre procurei o Vita quando precisei e ao longo dos anos passei por cirurgias e reabilitações com sua equipe, que sempre me atendeu de forma excelente. Quando assumi a vaga de conselheiro independente, pude participar e contribuir de forma rápida e de impacto, por conhecer a empresa, as pessoas e compartilhar seus valores, como a importância do time para o sucesso e do foco absoluto no resultado (absolutamente necessário em uma empresa dedicada a uma especialidade médica).
Minha mais incisiva recomendação, baseada também na minha experiência pessoal, é que as empresas sigam estruturando e operando Conselhos de Administração, sempre com conselheiros competentes e que estejam alinhados com a cultura corporativa. Caso tenha outros exemplos relevantes que gostaria de compartilhar ou dúvidas, não hesite em entrar em contato. Estou à disposição.
Vamos e com garra absurda!
Rodrigo Guimarães Motta
Conselheiro de Administração
Doutor em Administração
