Menos ódio, mais ética: as contribuições da análise discursiva sobre a atual gestão paulista do judô

RBEO: Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, v. 9, n. 1, p. 156-179, jan./abr. 2022.

Este artigo parte de uma disputa em curso no cenário do judô brasileiro por uma gestão calcada na ética. Com definições teóricas sobre discurso de ódio cunhadas por Brugger (2007), Schafer, Leivas e Santos (2015) e Rosenfeld (2001), teve-se por objetivo identificar quais os elementos discursivos utilizados na construção de um discurso de ódio a partir da análise de uma matéria da Revista Budô. Assim, esperando-se contribuir para a inserção deste debate no campo da Administração, adotou-se como itinerário teórico-metodológico a Análise de Discurso de Linha Francesa (ADF). Por fim, o estudo permitiu concluir que o ódio é tido como legítimo pelo enunciador a partir do momento em que há a marcação do antagonista, possibilitada pela delimitação do protagonista, conforme a concepção de simulacro de Maingueneau (2005), e que existe um paralelo entre o discurso de ódio aqui identificado e o fenômeno do antipetismo. Palavras-chave: discurso de ódio; gestão ética; judô.

Menos ódio, mais ética: as contribuições da análise discursiva sobre a atual gestão paulista do judô