Compromisso com os combinados: uma cultura que começa no Conselho de Administração

Um papel consolidado dos Conselhos de Administração é liderar a definição das metas quantitativas da organização, assim como das estratégias e recursos necessários para atingi-las. Porém isso não é tudo. Uma vez estabelecidos quais são os combinados esperados pela empresa para o próximo período (“quanti” e “quali”), os conselheiros têm outro desafio: organizar as agendas para que os avanços sejam acompanhados de forma estruturada tanto por parte deles em suas atribuições no Conselho, como também da diretoria e demais cargos da empresa.

O fato é que a demanda por resolver imprevistos e urgências no negócio podem absorver muito do dia de um líder. Com o passar do tempo, se os conselheiros não organizarem sua agenda de forma a acompanhar (e assim assegurar) que os combinados sejam executados e se necessário revisados, eles também perderão foco e energia e investirão seu tempo no atendimento de outras demandas necessárias, mas não mais importantes do que as já mencionadas. 

Além desta disciplina necessária dos próprios conselheiros, estes devem assegurar que a busca pelo atingimento das metas através da execução das estratégias seja realizada pelos diretores da empresa e por suas respectivas áreas. Para isso, atividades de comunicação eficiente entre o Conselho e a diretoria são necessárias, assim como atividades de engajamento, como por exemplo, convidar os diretores para participar de um período em uma reunião e solicitar que eles apresentem como estão os avanços em suas respectivas áreas.

No meu entendimento, a atividade do Conselho de Administração de realizar esse acompanhamento, ainda que menos glamourosa, ou “estratégica”, é absolutamente necessária para permitir que a empresa realize o seu potencial de forma disciplinada, alinhada e mensurável. É um trabalho que deve ser realizado em todas as reuniões do Conselho, sejam elas mensais, bimestrais ou trimestrais. Minha recomendação é investir um tempo para olhar os números reais versus os planejados, fazer uma reflexão de como está a comunicação deste desempenho e buscar envolver a diretoria no percurso. Com o tempo e o atingimento dos resultados, certamente isso ficará mais fácil e prazeroso, afinal quem não gosta de atingir resultados superiores?

Caso tenha alguma dúvida sobre esse tipo de trabalho do Conselho de Administração, fique à vontade para entrar em contato, será excelente conhecer seu ponto de vista e debater caminhos para os conselheiros. E me coloco à disposição também para falar sobre qualquer outro tema relacionado ao desenvolvimento de Conselhos de alto rendimento. Vamos e com garra absurda!

Rodrigo Guimarães Motta

Diretor Germinare

Doutor em Administração

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