Conselho de Administração: especialistas e generalistas têm o seu papel.

Esta é uma pergunta que frequentemente é feita por empresários e executivos, em especial aqueles que estão organizando seus conselhos. Qual é o melhor time para compor o Conselho de Administração? Um time de especialistas, que dominam muito determinadas áreas que são relevantes para o negócio da empresa? Ou será melhor escolher generalistas, que entendam a empresa e seus negócios como um todo?

Ainda que existam diversas estratégias para a formação de um conselho, minha resposta, a partir da minha experiência profissional e acadêmica adquirida sobre o tema, me leva a responder: ambos! Vamos falar primeiro sobre os especialistas. Minha recomendação é que é necessário possuir um conselheiro oriundo da área de finanças, para que ele preste uma contribuição para a definição dos melhores números para serem apresentados e para a sua análise. Além deste, pelo menos mais um especialista, na área de atuação da empresa (exemplo: do varejo, para uma empresa supermercadista) é altamente recomendável: ele poderá prestar desde a primeira participação, uma contribuição alinhada com as características e ambiente competitivo do negócio.

Recomendo que os demais conselheiros sejam generalistas, que possam, a partir das informações apresentadas e das conversas realizadas, ter uma visão holística do negócio e assim apoiar a elaboração e crítica das estratégias e dos resultados. Podem também agregar parâmetros e experiências oriundos de outros segmentos do mercado e assim ampliar os horizontes do conselho e desafiar o time para ir além dos parâmetros estabelecidos.

Minha própria atuação foi como participante generalista. Como conselheiro de administração do Vita Ortopedia e Fisioterapia e posteriormente como conselheiro consultivo do Instituto Vita, busquei contribuir para fornecer uma visão profissional, baseada em indicadores e na excelência na prestação de serviços, que vivenciei em experiências empresariais e executivas que tive. Com essa posição, somada a experiência médica dos demais integrantes, todos médicos e sócios, pudemos, no caso do primeiro exemplo, organizar, potencializar o negócio e finalmente vender o empreendimento para o Fleury, naquela que foi a maior transação do setor de ortopedia do Brasil até o momento.

Caso tenha interesse em se aprofundar sobre o tema, estou à disposição para conversar. Com a necessidade de o Brasil ter cada vez mais empresas com uma excelente governança, gestão e resultados, os conselhos são mais importantes do que nunca. E interagindo, acredito que poderemos agregar valor as empresas e a sociedade de forma geral.

Vamos e com garra absurda!

Rodrigo Guimarães Motta

Diretor Germinare

Doutor em Administração

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Conselho de Administração: especialistas e generalistas têm o seu papel.