Conselho: respostas de alto impacto a COVID 19

A terrível Pandemia que começa a perder força graças sobretudo a ampliação da vacinação, causou um impacto terrível sobre homens e mulheres que foram contaminados. Milhares perderam a vida. Essa tragédia não pode e não deve ser minimizada. Ao olhar para o complexo momento vivido por todos, outros pontos não podem ser minimizados. A crise econômica que colocou milhões de brasileiros sem emprego, comprometeu a vida de uma parte relevante da população. Sobre isso, as empresas e seus conselheiros têm uma relevante contribuição a oferecer. E o Conselho de Administração de cada negócio, responsável por liderar a concepção da estratégia e os investimentos, tem um protagonismo na retomada da economia, que vai além da maximização dos resultados da empresa. Cumpre uma função necessária e decisiva para o país.

Há três frentes que cada conselho deve avaliar. Em primeiro lugar, no âmbito da estratégia de negócios. Refletir se a ampliação e a qualificação da tecnologia podem impactar suas vendas e relação com clientes e consumidores. Em caso afirmativo, orientar a empresa a desenvolver as plataformas necessárias para tanto. Já existem casos icônicos de bem-sucedidas plataformas estabelecidas, como a Magalu. Não tão glamourosa, mas ainda assim impactante.

O segundo pilar se baseia em estimular os diretores da empresa a olhar as formas como os colaboradores realizam suas atividades e estimular o uso da mesma tecnologia quando isso for pertinente. Muitas vezes as formas de trabalho pré-COVID 19 serão revistas em definitivo. Um exemplo é a ampliação do uso do home office para aqueles cujo trabalho permite. Finalmente, no último pilar, de caráter tático, o conselho deve seguir com sua nova disciplina e ênfase nos resultados adquirida para enfrentar a Pandemia e não “baixar a guarda” quando os negócios começarem a retomar suas atividades. Investimentos devem ser analisados com muito critério e ponderação.

Os conselheiros de administração e os conselhos dos quais fazem parte têm, portanto, um papel decisivo para retirar as empresas de sua “zona de conforto” e propor novas maneiras de trabalhar, seguindo os três pilares: estratégia, processo e disciplina. É uma contribuição necessária e empolgante para o momento em que as empresas estão passando, e por que não, como dito anteriormente, para o país. Protagonistas como nunca, os conselheiros têm a oportunidade de fazer a diferença. Gostaria de conhecer seus pontos de vista e exemplos de sucesso em cada um dos pilares, e fico à disposição para conversar com quem tiver interesse. E vamos com garra absurda!

Rodrigo Guimarães Motta

Doutor em Administração

Diretor do Instituto Germinare e conselheiro de administração

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